Não deixe que o período de crise abata sua autoestima. O mundo do trabalho passa por turbulências, mas especialistas e mulheres que já enfrentaram e venceram desafios ensinam a segurar a onda em meio à maré baixa
Desde o ano passado, a crise financeira mundial domina as manchetes. No Brasil, de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, o índice de desempregados chegou a 13,1% – o maior aumento já registrado para esse período desde 1998, segundo pesquisa da Fundação Seade do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esses são os fatos. O modo como cada uma de nós lidará com eles é que vai fazer a diferença, impedindo que o clima de insegurança comprometa a saúde, as relações e a autoestima. “O lado bom da crise é que ela destrói ilusões e desperta para a realidade”, afirma a psicanalista Márcia Tolotti, de Caxias do Sul (RS), consultora de endividamento e autora do livro AS ARMADILHAS DO CONSUMO (EDITORA CAMPUS). Na opinião dela, “sempre corremos o risco de perder o emprego, o marido, a saúde ou os filhos, mas vivemos na ilusão da segurança e, quando isso desaba, ficamos enfraquecidas”.
Segundo Márcia, do ponto de vista emocional, é mais sábio aceitar que a vida tem mesmo uma dose de incerteza, assim criamos jogo de cintura para lidar com mudanças que estão fora do nosso controle. Do ponto de vista financeiro, a ordem é reduzir o consumo, cancelar serviços e privar-se de alguns prazeres. Os cortes são mais rigorosos para quem perde o emprego ou fontes de renda, mas para todos vale a regra de poupar 30% dos ganhos – assim ninguém é pego de surpresa na fase das vacas magras.
As dificuldades materiais geram perda de conforto e de status. Quem supervaloriza a posição social sofre mais com as oscilações. “Quando nossa autoimagem está muito ligada à forma como os outros nos veem, nos tornamos reféns disso”, alerta Márcia. Para ela, esse é um dos aspectos do endividamento: a pessoa insegura acredita que, se aparentar ter dinheiro, seus problemas serão resolvidos; aí, compra mais do que pode e do que precisa. Hoje, esse comportamento é insustentável. "Moradia e alimentação são despesas fundamentais. O restante pode ser administrado conforme a necessidade – definir prioridades é decisivo”, diz a psicanalista.
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Revista Nova - Melissa Diniz
Desde o ano passado, a crise financeira mundial domina as manchetes. No Brasil, de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, o índice de desempregados chegou a 13,1% – o maior aumento já registrado para esse período desde 1998, segundo pesquisa da Fundação Seade do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esses são os fatos. O modo como cada uma de nós lidará com eles é que vai fazer a diferença, impedindo que o clima de insegurança comprometa a saúde, as relações e a autoestima. “O lado bom da crise é que ela destrói ilusões e desperta para a realidade”, afirma a psicanalista Márcia Tolotti, de Caxias do Sul (RS), consultora de endividamento e autora do livro AS ARMADILHAS DO CONSUMO (EDITORA CAMPUS). Na opinião dela, “sempre corremos o risco de perder o emprego, o marido, a saúde ou os filhos, mas vivemos na ilusão da segurança e, quando isso desaba, ficamos enfraquecidas”.
Segundo Márcia, do ponto de vista emocional, é mais sábio aceitar que a vida tem mesmo uma dose de incerteza, assim criamos jogo de cintura para lidar com mudanças que estão fora do nosso controle. Do ponto de vista financeiro, a ordem é reduzir o consumo, cancelar serviços e privar-se de alguns prazeres. Os cortes são mais rigorosos para quem perde o emprego ou fontes de renda, mas para todos vale a regra de poupar 30% dos ganhos – assim ninguém é pego de surpresa na fase das vacas magras.
As dificuldades materiais geram perda de conforto e de status. Quem supervaloriza a posição social sofre mais com as oscilações. “Quando nossa autoimagem está muito ligada à forma como os outros nos veem, nos tornamos reféns disso”, alerta Márcia. Para ela, esse é um dos aspectos do endividamento: a pessoa insegura acredita que, se aparentar ter dinheiro, seus problemas serão resolvidos; aí, compra mais do que pode e do que precisa. Hoje, esse comportamento é insustentável. "Moradia e alimentação são despesas fundamentais. O restante pode ser administrado conforme a necessidade – definir prioridades é decisivo”, diz a psicanalista.
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Revista Nova - Melissa Diniz
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By: Maristela
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