Pelé, Lula, Xuxa, Dunga, Garrincha, Guga, Chacrinha, Silvio Santos, Popó, Aleijadinho, Chitãozinho e muitas outras celebridades são tão conhecidas pelos seus apelidos que muitos nem sabem os seus verdadeiros nomes.
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No Brasil, o uso do apelido, cognome, ou alcunha, é tão comum que é reconhecido legalmente desde 1973.
Porém, nem sempre um apelido começa como uma marca registrada, com o objetivo de simplificar o nome de forma carinhosa.
Existe o lado pejorativo, capaz de rotular, ou pior, condenar a substituir a própria identidade pelo julgamento alheio, como a Gorda, o Careca, o Bocão, o Neguinho, etc.
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Estigma é uma palavra que tanto pode significar cicatriz, sinal, como também censura ou condenação. Na Psicologia é usada como uma maneira de impor um julgamento e condenar alguém a sacrificar sua identidade para ser o que os outros querem que ele seja.
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Pelé
Do ponto de vista externo, pode ser uma maneira de se aproximar, criando intimidade, como se fosse uma senha para quebrar a formalidade. Mas, do lado de quem leva o apelido, pode estar uma crise de identidade, capaz de gerar distúrbios, muitas vezes até graves.
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Ao passarmos por um sofrimento muito forte, dizemos que houve um trauma, como “uma ferida na alma”. Quando esta “ferida” é agredida várias vezes, insistentemente, acaba se transformando em um complexo, como se fosse uma inflamação.
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Um exemplo de complexo é o de inferioridade, como o Baixinho, que além de infeliz por não ter crescido, ainda é obrigado a conviver com a lembrança dos “amigos” o chamando pelo apelido.
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Já a crise de identidade normalmente surge quando a pessoa entra em dúvida sobre quem ela realmente é.
Neste caso, o apelido pode se tornar um invasor de uma personalidade despreparada.
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Ao chamarmos alguém pelo papel que ele desempenha, estamos deixando de lado a pessoa para que ela seja quem procuramos, como o professor, a mãe, o pai, o doutor, o policial, por exemplo.
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Assim como enxergamos alguém pelo que faz, também notamos o que representa para nós. Neste caso, um símbolo que todos conhecem pode ser projetado na pessoa, como apelidar emprestando o nome de alguém conhecido. Fica a impressão de estarmos lidando com um mito, representado por quem recebeu o tal apelido, quase como numa caricatura.
Bocão
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Uma outra forma de entendermos o apelido está na “marca fantasia”, uma básica estratégia de Marketing, usada no mundo todo.
Quando se abre uma empresa, nunca se deve dar o mesmo nome na razão social e na marca fantasia. Porque se esta marca não der certo, troca-se por outra até pegar
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Uma marca pode crescer tanto, ao ponto de se tornar um símbolo social, assim como um apelido pode fazer o mesmo a uma pessoa.
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Durante a vida, todos nós desenvolvemos um mito, um personagem conhecido pelo mundo que vivemos, que servimos ou conquistamos e que nos dará um retorno, conforme fizermos por merecer. Este mito pode ter o mesmo nome dos documentos, como pode ser uma marca fantasia, ou seja, um apelido.
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Administrar uma empresa pode ser como administrar uma vida, uma participação na sociedade, com sucesso ou não. O nome vai ser sempre o primeiro contato.
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Fonte: Mauro F Godoy
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By: Maristela
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