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Assim que saíram os resultados das eleições, o mundo fashion entrou em polvorosa. E não era por causa das semanas de moda que acontecem agora em janeiro. A dúvida era: quem vestiria Dilma Rousseff no dia da posse? Aquele que apostou em nomes fortes e poderosos, como Gloria Coelho ou Reinaldo Lourenço, errou. A escolhida foi a platinada Luisa Stadlander, uma estilista gaúcha que veste Dilma há mais de vinte anos. Foi ela quem desenhou o vestido de noiva do casamento da filha de Dilma, em 2008, e o longo azul que a própria Dilma usou na cerimônia. São criações dela também inúmeros modelitos que a petista usou durante a campanha.
A presidente não gosta e não costuma usar vestidos e saias, mas para o rigor e a formalidade do cargo que ocupa a partir de hoje, eles são absolutamente necessários. Para a primeira parte da cerimônia de posse, dentro do Congresso Nacional, ela escolheu corretamente um conjunto de vestido e blazer em tom pérola e sapatos da mesma cor. O vestido aparenta ser um tubinho sem mangas, um corte clássico, que cai bem na maior parte das mulheres. O casaqueto, com mangas 3/4 e dois botões, foi feito em tecido levemente transparente e trabalhado. As cores, que combinaram bastante com o tom da pele e cabelos da presidente, e ficaram lindas nas fotografias, foram um desastre na televisão. Quem assistiu à cerimônia pela TV teve a impressão de ver uma massa branca meio disforme na telinha. A cor clara dá a ilusão de que a presidente engordou. A gola aumentou o tamanho dos ombros de Dilma e o corte quadrado do casaqueto definitivamente não favoreceu sua imagem. Ao contrário, lhe cortou a silhueta. Um casaco, mesmo que transparente, do mesmo comprimento que a saia, teria sido mais elegante. Aliás, a altura da saia e os sapatos estavam corretíssimos. O corte no joelho e a saia reta foram pontos positivos no visual.
Dilma Rousseff tem um corpo complicado de vestir. Sobrepeso, braços um pouco curtos, barriguinha saliente, pescoço largo e curto, seios grandes e aparentemente caídos, e um pouquinho de papo. Seu biotipo é o chamado tipo oval (em que a pessoa tem o corpo em formato de ovo), e ele requer vários cuidados para que a pessoa pareça bem-vestida. Um consultor de imagem ou personal stylist camuflaria o máximo possível a área central do corpo (barriga) e daria destaque para os pontos mais magros, como as pernas (do joelho para baixo), punhos e o colo. Um cuidado especial com decotes, golas e colares alongaria o pescoço e desviaria o olhar da barriga para o rosto. Eles também escolheriam cores mais escuras, para dar a ilusão de magreza e fotografar bem na televisão. Toffees e cremes mais escuros, taupes e acinzentados seriam cores neutras mais adequadas para isso.
Devido à escolha do figurino, as jóias de Dilma acabaram ganhando destaque. Os brincos de pérola eram em tamanho proporcional ao seu rosto. A pulseira, também em ouro amarelo e pérola, deu delicadeza. Já a gargantilha, um pecado. A corrente estava muito justa e chamava a atenção para o pescoço curto e gordinho da presidente. Um colar um pouco mais comprido alongaria a área e daria a ilusão de magreza.
Beleza — A maquiagem de Dilma estava bastante adequada à ocasião, clássica e formal, e ao horário da posse: começo de uma tarde de verão. A pálpebra recebeu duas cores de sombra: marrom no canto externo do olho e crème/pérola no canto interno (para abrir o olhar). Complementaram o look: um blush pêssego e batom escuro em cor de terracota, para aumentar os lábios.
A imagem que fica desta primeira parte da cerimônia é a de uma mulher doce, suave e discreta.
(Raquel Hoshino)
By: Maristela
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